SIPE Reúne com a CONFAP dia 27

Sindicato vai dar a conhecer motivos da greve e debater impacto das políticas do ME para os alunos.
 
SIPE reúne com CONFAP antes da greve parcial aos primeiros tempos de cada docente.


O SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores vai reunir hoje, dia 27 de dezembro, com a CONFAP – Confederação Nacional das Associações de Pais, antes do arranque da greve parcial ao primeiro tempo do horário de cada docente, a realizar-se na próxima semana, a partir do dia 3 de janeiro. O encontro entre a direção do SIPE e a direção da CONFAP decorre hoje, e pretende dar a conhecer os motivos da greve dos professores e debater junto dos representantes dos pais o impacto das políticas educativas do Governo e do Ministério da Educação (ME) no sucesso escolar dos alunos.  


«Não podemos deixar de envolver os pais neste processo e esclarecê-los acerca do impacto que as políticas educativas da tutela têm no aproveitamento escolar dos alunos, alerta Júlia Azevedo, presidente do SIPE. «A falta de professores é um problema grave, com graves consequências a curto, médio e longo prazo para os alunos condicionando o seu futuro quer a nível educativo, quer, mais tarde, a nível profissional» E o pior é verificarmos a recusa do  Ministério da Educação em tornar a profissão mais atrativa de forma a valorizar os educadores e professores que estão no sistema e, em simultâneo,  contratar novos professores devidamente capacitados e com formação para lecionar, com vencimentos dignos, capazes de responder às necessidades educativas dos nossos alunos e garantir o futuro da educação e do país», defende a dirigente.


Júlia Azevedo explica que «os pais estão obviamente preocupados com o rumo que a educação está a tomar no nosso país» e assegura que «é também enquanto pais, que muitos professores estão em luta, a manifestar-se contra este Governo e contra as suas políticas, não só pelo seu futuro pessoal e profissional, mas também para garantir que os seus filhos e os seus alunos têm um futuro, travando as intenções meramente economicistas do ME».
A presidente do SIPE refere que as alterações que a tutela quer impor «são inaceitáveis e vão prejudicar gravemente as vidas e carreiras dos professores, sendo transversais aos professores contratados, aos quadros de zona pedagógica ou aos quadros de agrupamento, além de, como sempre, impactarem na qualidade do ensino prestado. E os pais, assim como toda a sociedade civil, já compreenderam isso».


Recorde-se que o SIPE rejeita por completo a contratação de professores feita diretamente pelas escolas, assim como a vinculação direta em quadros de agrupamento (QA) pelos agrupamentos, ou a colocação na mobilidade interna através da análise do perfil de competências feito por um conselho de diretores.

 

O sindicato exige ainda que regressem à mesa das negociações temas como a extinção das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões com efeitos retroativos; a recuperação integral do tempo de serviço; a redução da componente letiva por idade igual em todos os níveis de ensino revertendo para a componente individual de trabalho; a alteração ao regime da mobilidade por doença; o fim da precariedade na contratação com vinculação automática ao fim de três anos de serviço e a reposição da perda salarial, entre outras.

 

Temos de estar todos Unidos.