A internacionalização em Aljustrel

A internacionalização em Aljustrel

Por: Drª Susana Brandão e Dr. Fernando Ruas

No Agrupamento de Escolas de Aljustrel vemos possibilidade de participação em projetos internacionais como uma mais-valia para melhorarmos a prática docente e as experiências de aprendizagem de alunos e professores.

 

A participação da escola em Projetos de internacionalização, como os projetos ERASMUS+, surgiu com a motivação que um grupo de docentes teve em eliminar a barreira de acesso à partilha de boas práticas e de enriquecimento profissional em virtude da interioridade da região em que o Agrupamento de Escolas de Aljustrel se situa.

 

Nos últimos anos o processo de internacionalização esteve assente em três eixos fundamentais:

- Mobilidade de alunos;

- Formação docente;

- Participação e dinamização de parcerias de investigação a nível internacional.

 

No que concerne à mobilidade de alunos foi dada grande importância à possibilidade de que todos os alunos do ensino secundário tivessem a oportunidade de participar em projetos de intercâmbio, se assim o desejassem. O objetivo foi totalmente conseguido com a participação desde 2018 em três projetos de intercâmbio distintos:

1 - “The Guardians of Europe”, (5 parceiros internacionais – 20 alunos em mobilidade) projeto que incide na promoção e realização de campanhas sociais;

2 - “4 Seasons in the Sky”,(6 parceiros internacionais – 20 alunos em mobilidade) projeto relacionado com as ciências no âmbito do estudo da astronomia;

3 - “8 Strings to Our Bows”, (5 parceiros internacionais – 18 alunos em mobilidade) projeto relacionado com o estudo da utilização das inteligências múltiplas em âmbito escolar e académico.

 

No presente ano o agrupamento participa num novo projeto destinado a alunos do 3º ciclo, “Becoming European Ecocitizens” (5 parceiros internacionais – 20 alunos em mobilidade), relacionado com as alterações climáticas e promoção de comportamentos pró-ambiente.

 

No âmbito da formação de professores o agrupamento entre 2017 e 2021 criou protocolos no âmbito da Ação Chave 1 com entidades de formação estrangeira, enviando 28 docentes em formação para variados países da união Europeia.

 

No que concerne à participação e coordenação de parcerias de investigação participamos e coordenamos Projetos ERASMUS+ no âmbito da Inovação:

Entre os anos 2018 e 2021 coordenamos o projeto ERASMUS+ KA201 “Tecnologia de todos para todos e cada um – TEC++US”, criando uma nova linguagem pictográfica (European Pictographic Language of Communication) e um conjunto de aplicações que permitem que qualquer aluno, leitor ou não, se expresse e aprenda língua estrangeira com um simples clique. A este projeto foi outorgado o prémio inclusivo E+ pela Agência Nacional ERASMUS+ no ano 2020.

 

Recentemente, enquanto parceiros, integramos o Projeto ERASMUS+ KA201“SLIDE” que preconiza a criação de uma plataforma de ensino à distância que conta com a participação de 6 equipas internacionais.

 

No presente ano temos a honra de estar a participar enquanto coordenadores no projeto “In Partnership for Promoting Successful Inclusion in a European Perspective – IN as in INclusion”, no qual o Centro de Formação do SIPE é um dos inestimáveis parceiros conjuntamente com outras 5 instituições estrangeiras. Este projeto tem o objetivo de estudar diversos tipos de estratégias de inclusão nos países europeus, para criar um plano integrado e modular de formação, que será disponibilizado após a sua conclusão a nível nacional e internacional, numa lógica de acesso livre.

 

Para o nosso agrupamento é extremamente importante a participação colaborativa em projetos com os parceiros locais e escolas da região, com este intuito integrámos um consorcio coordenado pelo Creative Hub Buinho e que integra agrupamentos da área de influência do CFAE da nossa região, ao todo 7 escolas.

 

A última grande conquista na internacionalização da escola foi conseguir o segundo lugar a nível nacional na Acreditação KA1 ao nível da Educação no âmbito do ERASMUS+, sendo de grande importância uma vez que garante a possibilidade de continuidade de formação de docentes no estrangeiro e a mobilidade de alunos nos próximos sete anos.

 

A participação nestes projetos ao longo dos anos permitiu ao agrupamento a melhoria de competências, de qualidade, de diversidade, de inovação e melhorou a imagem da escola em diversos níveis, sendo o mais importante a visibilidade que a escola tem a nível local e regional. Permitiu que alunos, que de outra forma não teriam a oportunidade, de interagir com parceiros estrangeiros, independentemente da situação socioeconómica do seu agregado familiar ou de razões de ordem linguística, tendo o agrupamento apoiado sempre os alunos com maiores dificuldades na participação.

 

Todos estes projetos contribuíram para o sentir Europeu, para a promoção da escola a nível nacional e internacional e para a valorização da escola e das atividades escolares.

 

Não vemos estes projetos como os únicos projetos interessantes e de valor acrescido no nosso agrupamento, mas pensamos que claramente são uma mais valia preciosa e neste momento natural dentro do Agrupamento de Escolas de Aljustrel.

 

Susana Brandão e Fernando Ruas