ENSINO À DISTÂNCIA: RECOMENDAÇÕES DA UNESCO

O SIPE apela ao ME que, juntamente com outros parceiros, faça um plano de estudos, com regras bem definidas, e um programa educativo para o 3.º período, com meios, conteúdos e objetivos adequados às circunstâncias, dando prioridade a desafios psicossociais. 

 

De acordo com as orientações da UNESCO, a televisão pode ser um dos meios possíveis. Com a carga curricular que os nossos alunos têm e com os pais em teletrabalho, não são viáveis aulas síncronas para todas as disciplinas, que no, primeiro ciclo, segundo as orientações da UNESCO, não devem exceder 20 minutos por unidade.

 

O Ministério da Educação deverá  proceder a um  levantamento das ferramentas acessíveis e adequadas a todos, fazer uma análise exaustiva das capacidades dos alunos, das famílias e dos professores  e elaborar  um programa educativo especial para o 3.º período o qual não pode passar pela produção de conteúdos novos sob pena de agravar a exclusão social.

 

Vivemos um tempo particularmente difícil, quer emocionalmente quer de adaptação e até de sobrevivência. Pretender cumprir com as orientações curriculares anteriores seria completamente ilusório, mesmo que todos os alunos tivessem equipamentos e ferramentas digitais e todos os professores fossem peritos no ensino à distância. As TIC são excelentes ferramentas auxiliares no ensino, mas as interações, em sala de aula, são imprescindíveis para tanto para o desenvolvimento e formação integral do ser humano, como para o desenvolvimento de competências sociais e outras previstas nos atuais documentos curriculares.

 

Covid-19: Unesco divulga 10 recomendações sobre ensino a distância devido ao novo coronavírus

 

1 – Analise a resposta e escolha as melhores ferramentas 

 

Escolha as tecnologias mais adequadas de acordo com os serviços de energia elétrica e comunicações da sua área, bem como as capacidades dos alunos e professores. Isso pode incluir plataformas na internet, lições de vídeo e até transmissão através da televisão ou rádio. 

 

2 – Assegure-se de que os programas são inclusivos

 

Implemente medidas que garantam o acesso de estudantes de baixa renda ou com deficiências. Considere instalar computadores dos laboratórios da escola na casa dos alunos e ajudar com a ligação à internet.  

 

3 – Atente para a segurança e a proteção de dados  

 

Avalie a segurança das comunicações online quando baixar informação sobre a escola e os alunos na internet. Tenha o mesmo cuidado quando partilhar esses dados com outras organizações e indivíduos. Garanta que o uso destas plataformas e aplicações não violam a privacidade dos alunos.  

 

4 – Dê prioridade a desafios psicossociais, antes de problemas educacionais  

 

Mobilize ferramentas que conectem escolas, pais, professores e alunos. Crie comunidades que assegurem interações humanas regulares, facilite medidas de cuidados sociais e resolva desafios que podem surgir quando os estudantes estão isolados.  

 

5 – Organização do calendário 

 

Organize discussões com os vários parceiros para compreender a duração da suspensão das aulas e para decidir se o programa deve centrar em novos conhecimentos ou consolidação de currículo antigo. Para organizar o calendário é preciso considerar as áreas afetadas, o nível de estudos, as necessidades dos alunos e a disponibilidade dos pais. Escolha metodologias de ensino de acordo com as exigências da quarentena evitando métodos de comunicação presencial.  

 

6 – Apoie pais e professores no uso de tecnologias digitais 

 

Organize formações e orientações de curta duração para alunos e professores. Ajude os docentes com as condições básicas de trabalho, como rede de internet para aulas por videoconferência.  

 

7 – Mescle diferentes abordagens e limite o número de aplicações  

 

Misture as várias ferramentas disponíveis e evite pedir aos alunos e pais que baixem ou testem demasiadas plataformas.  

 

8 – Crie regras e avalie a aprendizagem dos alunos 

 

Defina regras com pais e alunos. Crie testes e exercícios para avaliar de perto a aprendizagem. Facilite o envio da avaliação para os alunos, evitando sobrecarregar os pais.  

 

9 – Defina a duração das unidades com base na capacidade dos alunos  

 

Mantenha um calendário de acordo com a capacidade dos alunos se concentrarem sozinhos, sobretudo para aulas por videoconferência. De preferência, cada unidade não deve exceder os 20 minutos para o ensino primário e 40 minutos para o ensino secundário. 

 

10 – Crie comunidades e aumente a conexão 

 

Crie comunidades de professores, pais e diretores de escolas para combater o sentimento de solidão e desespero, facilitando a troca de experiencias e discussão de estratégias para enfrentar as dificuldades. 

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